sábado, janeiro 12, 2008

Cativa

Semearam no firmamento uma estrela.
Surgiu do inesperado dizendo que estava ali com sua luz própria.
Acendeu sem pedir a ninguém e ascendeu.
Chegou para ocupar o espaço que já era dela no céu e na terra.
Empurrou o sol.
Chutou a lua.
Gritou para todos que quisessem ouvir sua falta de censura.
Ocupou corações de um jeito doce.
Pediu para ficar juntinho e nunca mais se foi.
Sei dizer quando está mais fraca, mas nunca dá para saber a hora que escolheu para brilhar forte.
Sorri quando quer, não quando precisa.
Mas sente necessidade de sorrir o tempo todo.
Tira da chapelaria sua experiência sem pagar nada e deposita no altar do céu.
Tem luz que ilumina forte, mas não fere.
É gentil no toque, no gesto e não nega carinho.
Tem a beleza da cor feminina, mas não se curva para as vontades do mundo.
Quer muito mais da vida, apesar do pouco que pede.
Mas sabe o dom que tem e a palavra que lhe guia.
Cativa.
E ganha espaço por que sabe que pode e não faz corpo mole.
Dentre todos os corações que já iluminou, nenhum sequer disse que não pode.
Amiga.
Mulher.
Parceira querida.
Corre para sua vida!

2 comentários:

Tatiana Marigo disse...

Ba, que lindo! Tô arrepiada! Parabéns! Só li até esse, mas vou lendo o resto aos pouquinhos. Mas adorei esse! hehe. Beijos. Mana.

Unknown disse...

Oi Pi!
obrigado!
Esse aqui foi uma homenagem para a Blan.
Leia o conto "O Sultão". Acho que você vai gostar bastante!

Beijos!