Grisalho era o senhor do tempo
Estandarte da bandeira e do vento
Escreveu as partituras de todas as épocas
Assinou a certidão dos sentimentos
Assassino vil da solidão do Homem
Serpenteava entre a copa verde-vermelha
E quando o domo encerrou sobre sua mente
Chorou dez lágrimas e se pôs a caminhar
Abandonou sua vida mais sensata
Aprendeu tarde, finalmente, a suar
Do desterro nasceram longe as cidades
Profusões de versos que se somam ao cantar
E o velho tempo que apressou a eternidade
Nem mesmo assim arrependeu-se de tentar
Se para alguns mora distante e é perseguido
Para mim engraxa a mente e a faz girar.
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