Não sou especialista em nada.
Formei minhas mãos na faculdade e minha cabeça nos livros.
Vejo tanta gente que se autodenomina especialista nisso ou naquilo.
Gente que deseja apitar mais que os outros. Mais e mais alto.
Calma lá! Para mim não existe especialista melhor do que alguém que saiba procurar.
Não estou, assim, afirmando que não existam especialistas de fato. Existem.
São aqueles que vão além das grandes idéias. E que conseguem provar.
Mas por que essa necessidade de se autodenominar? De ser mais que os demais?
Já ouvi tanto especialista falar besteira.
Ou não falar nada para não se queimar, confundir as idéias.
Mas também ouvi tantas crianças terem grandes sacadas.
E ninguém sequer parar para escutar.
Especialista que não era humilde achava que sabia de tudo.
Aí resolveu que era hora de parar de aprender.
Seus conhecimentos estavam lá, como o mais belo castelo de areia na praia.
Até que uma onda de novidades atingiu o castelo e ele derreteu.
Já dependi de gente que nada sabia, mas que procurou até encontrar.
Gente que ajudou de verdade, não fez corpo mole.
Alguém que não é especialista, mas quer resolver.
E tenta, tenta, tenta, sem parar. Até conseguir.
E as dicas que tanto gostamos de distribuir?
Histórias e experiências de vida?
Dedos que teimamos apontar?
Somos todos especialistas?
Somos todos especialistas?
Particularmente gosto de me aprofundar nos assuntos. Simplesmente por que gosto.
Já estudei por conta própria filosofia e gastronomia.
Hoje meu endereço é a mecânica quântica e a teoria da relatividade especial.
E quem sou eu? Um especialista às avessas? Um generalista?
Tanto faz.
Não gosto de títulos ou pronomes.
Eilor está bom por enquanto.
Aquele que gosta de aprender e ser feliz. E ponto.
Tudo que sei é o inevitável.
Aquilo que todo mundo precisa respeitar:
Vida sem aprendizado é areia.
Se você construir um castelo com ela, qualquer onda pode levar.
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