Quando eu era pequeno, como fazem as crianças, tinha um mundo todo meu.
Todas as pessoas seriam eternamente pais, tios, primos e amiguinhos.
Eu me tornaria piloto de Formula 1 ou de avião caça, seria um detetive ou um engenheiro de pontes.
Naqueles tempos viajar era ir ao parque ou ao bazar da rua de baixo da minha casa, em São Paulo. Nem mesmo São Paulo era tão pequena.
Foi quando meu pai me chamou num canto e me disse:
- Bato, o vovô morreu.
Eu não entendi bem aquilo. Morrer não era algo concebível para mim ainda.
Então franzi as sobrancelhas e dei de ombros.
Meu pai, percebendo que eu não havia entendido, insistiu:
- Bato, o vovô acabou.
Então meus olhos se encheram de lágrimas.
E essa foi a primeira vez que chorei por um motivo que não era infantil.
2 comentários:
A gente tava no galinheiro rodando as galinhas pelo rabo! =)
Como acabar com um texto em 3... 2... 1...
Hahahahaha!
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