Azulejo o dia em que me tornarei mais do que um simples chá.
Pincelarei a hora de botar todos os ovos dessa vida, aguando o pasto em que hei de almoçar.
Já não terei então percorrido todo o mundo, girado na balança dos desesperos e chacoalhado a tromba pra lá e pra cá.
Veja os gráficos desenhados com rasuras do meu amigo Victor, que se afastam rodopiando, plenos, e saltitemos pelo tablado de tantos pensamentos com dores nos pés de tanto macular.
No olhar grave da minha namorada gastei duas gemas preciosas de tanto amar e amar e amar e amar e chamei no encalço todos os pigmeus à procura.
Ajardino as praças de São Paulo e sinto falta do Gastão Vidigal, onde os cães de Babel tentam falar agruras e piam a prata da casa.
E assim pinto esse mundo de porcelana suja e escovo os dentes de vez, para nunca mais cronometrar.
Um comentário:
Que lindo!
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