sábado, dezembro 20, 2008

Natal, Natal, Natal!

Final de ano é sempre bacana, leve, momento de refletir e acreditar, acreditar e refletir. Alguns momentos são para acreditar, outros para refletir e, por fim, fazer tudo ao mesmo tempo.

Gosto do natal da crença, da fé e da verdade dos corações. Mesmo não tendo uma religião ao meu lado, mas tenho minhas crenças e verdades e minha fé nas pessoas, que fica maior e mais brilhante nessa época.

O incrédulo diria que isto é um engano. Que nada muda e a única coisa verdadeira é que fechamos os olhos para o feio e nos encantamos com as luzes e enfeites. É, pode ser, mas quem não precisa de férias?! Quem não MERECE umas férias do feio e do chato de vez em quando? Eu mereço e me dou!

É por isso que desejo um feliz natal para todas as pessoas num mundo bonito de luzes, passeio pelas ruas, compras no shopping, calor humano e bem estar em casa.

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2009!
Que valha,
Que seja único,
Que seja o melhor,
Que a saudade se vá,
Que a paz esteja por perto,
Que a festança seja muito boa,
Que a família seja um porto seguro,
Que os amores sejam mais verdadeiros,
Que as frutas maduras sejam mais doces,
Que o bom trabalho diário traga muitos frutos,
Que sejam belas as paisagens, os cantos, as viagens,
Que todos os desejos se realizem no ano que vai nascer,
Natal,
Natal,
Natal!

quarta-feira, dezembro 03, 2008

O Fato

Quando a luz se apaga por inteiro e o mundo fecha mais uma porta, é preciso acreditar.

É necessário acreditar na conspiração do universo, na sabedoria do tempo e na bonança, que acolhe quem avaçou pela tempestade.

Uma porta fechada não é só uma saída perdida, mas a necessidade de mudança, de vencer medos antigos e encontrar novos medos que virão.

É a chance de acreditar que debaixo da tempestade surgirá mais brilho nas folhas, mais vida em toda essa árvore. Novos brotos e novas alegrias.

É sábio acreditar na vida.
É sábio questionar o passado para buscar um futuro brilhante.
É sábio crer na fortuna que assegura o amanhã.

O simples acordar e levantar-se com as próprias pernas, prover com os próprios braços e buscar com os próprios olhos todas as chances de seguir adiante.

Adiante até a próxima porta fechada que guarda mais sabedoria, mais experiência e mais coragem, simplesmente por estar fechada.

E essa porta será, assim, a chave para tantas outras portas que se abrirão.

Escócia

Quero conhecer a paz profunda que emana daquele vale tranqüilo de colinas verde-acinzentadas.

Sentir a chuva rala que estala nas folhas e ecoa nos campos floridos, pedindo ao terreno que não resista à passagem do tempo.

E da brisa viva de todo o tempo do mundo.

O solo das antigas tribos guerreiras de raízes celtas, fortes e sábias como as flautas artistas que pintam o verde e prata das matas, inundam os riachos subterrâneos e transbordam lagos profundos.

Dos amores esparramados pela grama dos campos floridos. Corações acidentados, que se regeneram sob a esperança do futuro.

Não a Escócia das cidades modernas, mas das toscas vilas de pedra, dos túmulos e jardins gramados, dos castelos soltos na paisagem como a morada de animais desgarrados.

Permitir me libertar dos bandos, de amores e vales, de amigos e familiares, para ser mais uma vez apenas um.

Ser paz profunda, brisa viva, chuva rala, guerreiro sábio, para inundar os riachos e transbordar rios que vivem em mim.

Viver o tempo de animal desgarrado num lugar que o tempo jamais mudará.

O Jogo

Eram apenas brinquedos para divertir.
O primeiro quebrado por que alguém assim o quis. O segundo também quebrou, mas foi sem querer, assim como acontece com tantos por aí.
E ninguém parou para pensar que eram apenas brinquedos e que foram usados para jogar com as vidas.
Pra quê isso?
É muita ignorância quando se passa dos dez anos. Ou mesmo quando se passam vinte e três...
É a fome da ignorância!
É só dor de criança.