Blém, blém, blém...
Todos os dias, pela manhã, o sino do arauto subia as ruas.
Com ele, as notícias.
Blém, blém, blém...
Pelas ruas, chuva, sol, arauto, sino e as notícias.
Subiam todos, também os dias.
Blém, blém, blém...
Certo dia, pela manhã, subiu o sino e seu arauto, não as notícias.
Em seu lugar, verdade.
A esposa do padeiro não gostou.
O padre não gostou.
O prefeito não gostou.
O major não gostou.
O delegado e o ferreiro também não gostaram.
Blém, blém e blém.
Pela tarde, o sino da igreja desceu as ruas.
Blémmm, blémmm, blémmm...
No outro dia subiram, pela Rua do Arauto, o sino, outro arauto e as notícias.
Um comentário:
Hummm... boa esta!
Na década de 70 sumia muito Arauto...
Hoje em dia só temos "bons Arautos" que não somem nunca.
Postar um comentário