As mulheres não são boas
Não são más
Nem confusas
São cheias de caprichos
E o quê mais,
São belas
sexta-feira, janeiro 21, 2011
terça-feira, janeiro 18, 2011
O Mundo é de Quem?
Já há muitas gerações nasceu uma máxima humana que permanece causando confusão nas nossas cabeças:
“O mundo é dos espertos”
Para ser sincero não sei dizer desde quando este pensamento existe e qual foi o responsável por disseminá-lo pela humanidade. Mas sei dizer que faz muito tempo, já que Maquiavel escreveu em seu livro “O Príncipe” - um guia sobre como governar para reis e déspotas - sua máxima: “os fins justificam os meios”, que já doava muito do seu significado à idéia inicial.
O que não percebemos a tempo é que esta foi a idéia capaz de transformar o homem no lobo do homem e que passamos a viver no verdadeiro mundo cão. Mundo onde vence o mais esperto.
O esperto é o sujeito que tira vantagem de tudo, que é malandro e leva a vida no bico. O esperto brasileiro, por exemplo, nunca foi tão bem retratado quanto pelo charmoso personagem Zé Carioca, de Walt Disney.
O papagaio que levava todos os outros personagens no bico. Era um bajulador e um encantador. Vivia fugindo dos cobradores e enganando todo mundo para levar alguma vantagem.
Agora imagine um mundo formado somente por Zé Cariocas: Pessoas que desejam chegar primeiro em todos os lugares, andar mais rápido que as filas, cobrar dos outros muito além do que estão dispostos a oferecer, ou pagar.
Não parece bom.
E não é.
Hoje fazemos parte de uma sociedade que aparenta ser muito conectada, mas que se isola por necessidade. Abrimos as portas do mundo virtual para não precisar compartilhar o que é nosso no mundo físico.
Permitimos que vejam e julguem nossas palavras, mas não os nossos gestos.
O mundo dos espertos ficou, por culpa não se sabe de quem, cheio de lixo e desconfiança. Acreditar no próximo é cada vez mais difícil e apenas as situações extremas devem ser levadas em consideração, afinal, estas chamam atenção.
Preferimos desconfiar dos governos a entendê-los. Mais ou menos como fazemos com os nossos amores também...
Somos um bando de gente que se reúne para falar mal da falta de ação dos políticos, que reclama dos desastres naturais e do trânsito nas cidades. Mas qual é o nosso papel além de reclamar?
Pois é muito fácil dizer que não importa em qual candidato votamos nas eleições, por que todos são safados. É fácil afirmar que o trânsito é caótico nas cidades e, ao mesmo tempo, depositar nossos votos em palhaços ou pegar o carro e sair fechando todo mundo para mostrar quem manda na rua.
É o mundo fácil do bullying nas escolas e faculdades.
É muito mais fácil viver estressado e não pensar direito.
Não pensar nos outros. Não pensar nem mesmo nas conseqüências de todas estas coisas que fazemos automaticamente, por que somos muito espertos!
Pensar nos outros, por sinal, não significa ficar indignado e se lamentando com as tragédias que acontecem no mundo. Ficar com pena e defender quem sofre depois que tudo acontece.
Pensar nos outros é pensar ANTES.
É aquele ato de cidadania de quem não joga lixo nas ruas, faz doações regulares para ajudar os que precisam, aceita idéias e sugestões diferentes das suas, auxilia um estranho e dá espaço para o idoso sentar no ônibus ou na fila do hospital, da mesma forma que gostaria de receber as gentilezas em retorno um dia.
É o gesto cotidiano do voluntário.
É o ato daquele que levanta a bunda do sofá e vai até lá. Ajuda, socorre e doa. Depois senta e fica quieto. Não precisa mostrar para ninguém sua indignação, apontar dedos ou recriminar quem pensa diferente.
Acho estúpido ficar comentando as coisas junto com a mídia. Reservo-me o direito de fazer minhas preces, meus votos e minhas doações em silêncio, de forma totalmente particular. Não daquela maneira espalhafatosa de quem confunde “ajudar o próximo” com “ter pena daquele pobre coitado”.
É uma coisa linda nosso mundo de Zé Cariocas, onde todos precisam tirar vantagem e depois ficam chorando as pitangas quando o mundo se estrepa.
Quem é esperto não precisa de direitos, dá um jeito;
Quem é esperto não depende de ninguém, engana;
Quem é esperto não precisa respeitar, despista;
Quem é esperto não tem palavra, tem língua;
E assim por diante...
Quem dera o mundo fosse dos justos e sensatos, não dessa horda de espertos.
segunda-feira, janeiro 03, 2011
“Por Mim e Por Você”
Remexendo a papelada, como é de praxe no começo e fim de ano, acabei encontrando um texto escrito em 28 de fevereiro de 2000.
Tempos sem Blog, quando tudo era anotado cuidadosamente e cada trabalho automaticamente impresso e perdido no meio da papelada. Eh! eh!
Época esta quando me aproveitava da “licença poética” para escrever textos cheios de rimas, das mais pobres até as mais complexas. Achei muito engraçado me deparar com este, aqui e agora.
Foi curioso conhecer mais uma vez aquele autor munido de imediatismos, repetições e drama. Mais drama do que resultado. Desabafando sem dizer nada nestas folhas cheias de rabiscos e anotações como “OK” ou “+ ou ” e montes de cortes e censuras.
Notável reencontro para o fim de um ciclo e o começo de um novo ano!
E como dez para onze anos é uma data marcante, merece comemoração.
Então voilá!
“Por mim e por você”
Todos, todos nós
Por que viver para mim,
Por que viver para você,
Por que viver?
Tudo acontece agora
Tudo explode na sua cara
E você fecha os olhos
E só abrirá quanto tudo acontecer
Mas está a acontecer agora
Agora é o fim
Agora é o começo
Você tenta entender
Mas é tão difícil!
Os olhos se abrem devagar
A luz dói
A luz o faz sofrer
Todos, todos nós
Por que viver para mim,
Por que viver para você,
Por que viver?
A luz o fere
Você sente dor por que precisa viver
É bom ver algo assim que cega como a escuridão
Ali tudo se perde
Tudo se renova aos poucos
As cores firmam sua presença
E você sabe
E eu sei
Mas apenas nós sabemos
Que a verdade está ali
A verdade alegre e imoral
E que está sendo construída agora
Todos, todos nós
Por que viver para mim,
Por que viver para você,
Por que viver?
Ela se constrói, ela acontece
Sobre suas bases vazias
Sobre nós
Ela ainda é forte, grande
Ela sobrevive
Tenta respirar mais apenas se afoga
Mas é você
Mas sou eu
Nós vivemos e veremos
Somos e seremos parte dela
E foi assim que começou
E assim vai acabar
Nós vimos
Outros verão
Irá se repetir
Assim como hoje repete o ontem
E ontem repetiu o amanhã
Outros verão
Outros viverão
E saberão o porque
Saberão viver o mundo de todos os tempos
Que é uma deliciosa verdade
E uma triste derrota
Todos, todos nós
Por que viver para mim,
Por que viver para você,
Por que viver?
Todos sabem
Ainda há o viver
Ainda há o saber
Para que viver?
Para rir e sofrer
E mesmo assim viver
Por mim e por você
Eilor Marigo 28/02/2000
Tempos sem Blog, quando tudo era anotado cuidadosamente e cada trabalho automaticamente impresso e perdido no meio da papelada. Eh! eh!
Época esta quando me aproveitava da “licença poética” para escrever textos cheios de rimas, das mais pobres até as mais complexas. Achei muito engraçado me deparar com este, aqui e agora.
Foi curioso conhecer mais uma vez aquele autor munido de imediatismos, repetições e drama. Mais drama do que resultado. Desabafando sem dizer nada nestas folhas cheias de rabiscos e anotações como “OK” ou “+ ou ” e montes de cortes e censuras.
Notável reencontro para o fim de um ciclo e o começo de um novo ano!
E como dez para onze anos é uma data marcante, merece comemoração.
Então voilá!
“Por mim e por você”
Todos, todos nós
Por que viver para mim,
Por que viver para você,
Por que viver?
Tudo acontece agora
Tudo explode na sua cara
E você fecha os olhos
E só abrirá quanto tudo acontecer
Mas está a acontecer agora
Agora é o fim
Agora é o começo
Você tenta entender
Mas é tão difícil!
Os olhos se abrem devagar
A luz dói
A luz o faz sofrer
Todos, todos nós
Por que viver para mim,
Por que viver para você,
Por que viver?
A luz o fere
Você sente dor por que precisa viver
É bom ver algo assim que cega como a escuridão
Ali tudo se perde
Tudo se renova aos poucos
As cores firmam sua presença
E você sabe
E eu sei
Mas apenas nós sabemos
Que a verdade está ali
A verdade alegre e imoral
E que está sendo construída agora
Todos, todos nós
Por que viver para mim,
Por que viver para você,
Por que viver?
Ela se constrói, ela acontece
Sobre suas bases vazias
Sobre nós
Ela ainda é forte, grande
Ela sobrevive
Tenta respirar mais apenas se afoga
Mas é você
Mas sou eu
Nós vivemos e veremos
Somos e seremos parte dela
E foi assim que começou
E assim vai acabar
Nós vimos
Outros verão
Irá se repetir
Assim como hoje repete o ontem
E ontem repetiu o amanhã
Outros verão
Outros viverão
E saberão o porque
Saberão viver o mundo de todos os tempos
Que é uma deliciosa verdade
E uma triste derrota
Todos, todos nós
Por que viver para mim,
Por que viver para você,
Por que viver?
Todos sabem
Ainda há o viver
Ainda há o saber
Para que viver?
Para rir e sofrer
E mesmo assim viver
Por mim e por você
Eilor Marigo 28/02/2000
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