Azulejo o dia em que me tornarei mais do que um simples chá.
Pincelarei a hora de botar todos os ovos dessa vida, aguando o pasto em que hei de almoçar.
Já não terei então percorrido todo o mundo, girado na balança dos desesperos e chacoalhado a tromba pra lá e pra cá.
Veja os gráficos desenhados com rasuras do meu amigo Victor, que se afastam rodopiando, plenos, e saltitemos pelo tablado de tantos pensamentos com dores nos pés de tanto macular.
No olhar grave da minha namorada gastei duas gemas preciosas de tanto amar e amar e amar e amar e chamei no encalço todos os pigmeus à procura.
Ajardino as praças de São Paulo e sinto falta do Gastão Vidigal, onde os cães de Babel tentam falar agruras e piam a prata da casa.
E assim pinto esse mundo de porcelana suja e escovo os dentes de vez, para nunca mais cronometrar.
segunda-feira, agosto 31, 2009
domingo, agosto 16, 2009
Quando acabou
Quando eu era pequeno, como fazem as crianças, tinha um mundo todo meu.
Todas as pessoas seriam eternamente pais, tios, primos e amiguinhos.
Eu me tornaria piloto de Formula 1 ou de avião caça, seria um detetive ou um engenheiro de pontes.
Naqueles tempos viajar era ir ao parque ou ao bazar da rua de baixo da minha casa, em São Paulo. Nem mesmo São Paulo era tão pequena.
Foi quando meu pai me chamou num canto e me disse:
- Bato, o vovô morreu.
Eu não entendi bem aquilo. Morrer não era algo concebível para mim ainda.
Então franzi as sobrancelhas e dei de ombros.
Meu pai, percebendo que eu não havia entendido, insistiu:
- Bato, o vovô acabou.
Então meus olhos se encheram de lágrimas.
E essa foi a primeira vez que chorei por um motivo que não era infantil.
Todas as pessoas seriam eternamente pais, tios, primos e amiguinhos.
Eu me tornaria piloto de Formula 1 ou de avião caça, seria um detetive ou um engenheiro de pontes.
Naqueles tempos viajar era ir ao parque ou ao bazar da rua de baixo da minha casa, em São Paulo. Nem mesmo São Paulo era tão pequena.
Foi quando meu pai me chamou num canto e me disse:
- Bato, o vovô morreu.
Eu não entendi bem aquilo. Morrer não era algo concebível para mim ainda.
Então franzi as sobrancelhas e dei de ombros.
Meu pai, percebendo que eu não havia entendido, insistiu:
- Bato, o vovô acabou.
Então meus olhos se encheram de lágrimas.
E essa foi a primeira vez que chorei por um motivo que não era infantil.
sexta-feira, agosto 07, 2009
Nós, Homens...
Não entendo exatamente por que é tão sério quando a depiladora deixa a sobrancelha “torta”. Não sei mesmo dizer se foram quilinhos a mais ou a menos nessa ou na outra semana.
Já entendi que quando uma mulher fica frustrada, é melhor não contrariar nunca, mas tentar mudar o assunto.
Quem nunca viu uma mulher sofrer de transtorno bipolar pelo menos uma vez?
E quem nunca ficou perdido quando ela entra no banho sorrindo e sai chutando a porta do armário?
Parece meio engraçado aquela toalha enrolada na cabeça e o bico durante o café da manha, quando o cabelo “o meu cabelo está uma droga!”.
Quem nunca teve o celular fuçado ou uma briga por causa da ex?
Nós, homens, podemos não entender algumas coisas que “são tão simples e você não percebeu!”, mas sabemos o quanto nos é importante a nossa pequena.
Sabemos que o respeito é essencial e que nenhuma mulher gosta de ser esquecida, ou de unha quebrada.
Temos todos os pretextos para sair com os amigos, mas estamos do lado naqueles dias mais sensíveis de choro.
Provocamos brigas e somos grosseiros, mas sabemos que não vale a pena ficar nem um minuto chateado, quando tem tantos beijos e abraços nos esperando.
Homem que ama de verdade sabe quanto vale encontrar um coração onde se aconcheguem tantas saudades e tanto carinho.
E quem ama sabe que o amor supera tudo, quando encontramos finalmente a pessoa certa para amar.
Já entendi que quando uma mulher fica frustrada, é melhor não contrariar nunca, mas tentar mudar o assunto.
Quem nunca viu uma mulher sofrer de transtorno bipolar pelo menos uma vez?
E quem nunca ficou perdido quando ela entra no banho sorrindo e sai chutando a porta do armário?
Parece meio engraçado aquela toalha enrolada na cabeça e o bico durante o café da manha, quando o cabelo “o meu cabelo está uma droga!”.
Quem nunca teve o celular fuçado ou uma briga por causa da ex?
Nós, homens, podemos não entender algumas coisas que “são tão simples e você não percebeu!”, mas sabemos o quanto nos é importante a nossa pequena.
Sabemos que o respeito é essencial e que nenhuma mulher gosta de ser esquecida, ou de unha quebrada.
Temos todos os pretextos para sair com os amigos, mas estamos do lado naqueles dias mais sensíveis de choro.
Provocamos brigas e somos grosseiros, mas sabemos que não vale a pena ficar nem um minuto chateado, quando tem tantos beijos e abraços nos esperando.
Homem que ama de verdade sabe quanto vale encontrar um coração onde se aconcheguem tantas saudades e tanto carinho.
E quem ama sabe que o amor supera tudo, quando encontramos finalmente a pessoa certa para amar.
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