segunda-feira, julho 20, 2009

Qualé?!

Qual é a sua que deixa a luz acesa
Que abre a torneira e não fecha?

Qual é a sua que joga lixo na rua
Que anda de moto na calçada?

Qual é a de quem arranja briga no bar
Que quebra o estádio de futebol?

Qual é a praia de quem atira lixo no mar
Daqueles petroleiros velhos absurdos?

Qual é a de quem bate nos filhos
Ou trata as pessoas com menos importância?

Qual é a de quem fura filas
E dos que seguem ambulância e viatura?

Qual é a dos estressados do trânsito
E dos que se drogam na balada?

Qual é a de quem maltrata a vida
De quem vive na ignorância?

Não dá para entender muita coisa nesse mundo
Algumas delas entendo menos ainda!

Aí nasce esse poema meio bobo,
Com olhar inocente de criança...

segunda-feira, julho 06, 2009

Eu cá e ele lá

Lembrei hoje da última coisa que disse para o meu avô, no hospital, da última vez que o vi:

- Tchau vô. Vou te esperar com uma cerveja lá em casa para tomarmos juntos quando você voltar!

Ele nem sabia que eu não tomo mais cerveja e eu também não sabia eu que ele jamais voltaria.

Mas também nunca recusei tomar uma cerveja com ele, caminhando até sua casa com umas garrafas de Baden Baden e os copos que comprei para degustar umas e outras com o velho.

E o tempo nem sabia que precisava passar para levar para sempre aquele que ficava na varanda do sítio observando a nossa movimentação aqui em casa.

O tempo que passou levou, pouco a pouco, meu avô da varanda, da cerveja, dos dias e de tudo o que é importante para a nossa família.

Também aproveitei para recordar hoje uma semana que passei no final do ano de 2007 aqui em Jundiaí, quando tomávamos todos os dias uma garrafa de cerveja da cesta que ganhei de aniversário das meninas da faculdade. Uma por uma fomos acabando com aquelas cervejas e com o tempo que ainda tínhamos juntos.

Foi bom esse tempo.

E, apesar de não termos tomado aquela última cerveja prometida, ambos temos muito que recordar de dias como aqueles.

Eu cá e ele lá.

Recordando sempre, né vô?