Tem uma mulher que mora na minha casa
Mas não é apenas minha mãe
É mãe de todos
Quem a conhece sabe do que estou falando
Só quem já comeu feijoada com couve bem refogada
Quem já dormiu e acordou com um sorridente bom dia
Acorda sempre antes que todo mundo, que fique claro
É mãe do Victor, do Davi e da Ni
É mãe da gente
Mãe do mundo muitas vezes
E, sabendo do gênio que tem, é bom que goste de todos
Já subiu em árvore e andou em carrinho de rolimã
Me viu pular de asa-delta e montou legos comigo
Pregou peças em todos os filhos e fez festas surpresa
É aquela que até a nora chama de tia
Tia Ma
E não há quem não se lembre de mandar um beijo para ela
Não há quem se esqueça, nem por um minuto, da tia Ma
É a mãe de todos
E quem sempre tem amor no bolso
Sei que falo por todos os filhos quando digo
Te amo tia Ma!
terça-feira, junho 30, 2009
Coexistência
Há dias que existem
Outros apenas coexistem
Às vezes penso nos dias que não se foram
Nas coisas que não aconteceram
E também nas que não vão acontecer
No outro eu que não sou eu
Nas ruas que atravessaria onde hoje existem praças
O que não gosto de fazer, como se gostasse
Nas montanhas que escalei e rios navegados
Todos na minha coexistência
Há tanta impotência no ato de coexistir
Tanta falta que poderia fazer quem não conhecemos
Todos os lugares que habitamos sem sair de casa
Ter conversas sobre assuntos proibidos
Com pessoas de quem nem mesmo sabemos
Tempos vindouros que não chegarão
E guerras passadas que não lutamos
Mas e se tivéssemos lutado?
Há tanta saudade na coexistência
E quer saber o que mais?
Não vale a pena coexistir
Outros apenas coexistem
Às vezes penso nos dias que não se foram
Nas coisas que não aconteceram
E também nas que não vão acontecer
No outro eu que não sou eu
Nas ruas que atravessaria onde hoje existem praças
O que não gosto de fazer, como se gostasse
Nas montanhas que escalei e rios navegados
Todos na minha coexistência
Há tanta impotência no ato de coexistir
Tanta falta que poderia fazer quem não conhecemos
Todos os lugares que habitamos sem sair de casa
Ter conversas sobre assuntos proibidos
Com pessoas de quem nem mesmo sabemos
Tempos vindouros que não chegarão
E guerras passadas que não lutamos
Mas e se tivéssemos lutado?
Há tanta saudade na coexistência
E quer saber o que mais?
Não vale a pena coexistir
segunda-feira, junho 08, 2009
Os Dias
Existem dias muito bons
Dias de lareira queimando
De bons vinhos nos copos
Dias de bem dizer as pessoas
Que aquecem todas as casas
Existem dias de tempo gelado
Dias de bater os dentes
De pouca comida na mesa
Dias de reclamar um pouco
Que amolecem a paciência
Existem todos os dias comuns
Dias da semana inteira
De calor ou de frio intensos
Dias que só um amor pode curar
Que trazem sorte ou azar
Todos os dias são dias assim
Assim ou assado, hoje ou amanhã
Mas que saibamos escolher os temperos
O vinho que dá gosto à noite
E os amores para aquecer o frio
De hoje e de amanhã
Por todos os dias de nossas vidas
Dias de lareira queimando
De bons vinhos nos copos
Dias de bem dizer as pessoas
Que aquecem todas as casas
Existem dias de tempo gelado
Dias de bater os dentes
De pouca comida na mesa
Dias de reclamar um pouco
Que amolecem a paciência
Existem todos os dias comuns
Dias da semana inteira
De calor ou de frio intensos
Dias que só um amor pode curar
Que trazem sorte ou azar
Todos os dias são dias assim
Assim ou assado, hoje ou amanhã
Mas que saibamos escolher os temperos
O vinho que dá gosto à noite
E os amores para aquecer o frio
De hoje e de amanhã
Por todos os dias de nossas vidas
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