quarta-feira, setembro 03, 2008

Que não cessa

Ao zero, nasci de dois
Do amor de mãe
Do abraço de pai
Aos dois cresci como um raio

Aos dez eram os sonhos
Ser piloto e astronauta
Viver num desenho animado
Brincar para sempre de ser rei

Dos quinze a força bruta
Os medos do sentimento
Do terrorismo emocional
A bomba de atitude e a dor de amor

Na locomotiva sem rumo dos vinte
Surgiram as respostas e as responsabilidades
As alegrias do amor novato, porém maduro
Os sonhos da vida em comum

Vinte e cinco chegam com esperança
Sucesso e rumo planejados sem grafite
Conquista de um mundo mais justo
Um mundo meu comigo mesmo, tolerante

O resto transborda pelos cantos
No prato raso das previsões
Quero ver mais erros e acertos
Menos reações tardias

Depois, a sabedoria que permite
Que deixa crer e compreender
A ampulheta do tempo que não cessa
Que gira essa cabeça tantos graus

Que não cessa
Não cessa
Jamais

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