Ouvi um ruído rasgado na madrugada e pela janela lancei meu ouvido contra o vento.
Desci as escadas correndo do escuro enquanto comprimia os lábios e rosnava.
Balancei para os lados tentando tocar algo, tateando o ar e o pano molhado de suor.
Corri dos seres assustadores, desconhecendo o que me perseguia durante aquela noite.
Desesperado, a me debater, busquei salvação num esconderijo profundo.
Mas o ruído perseguia meus ouvidos e não pude mais suportar aquele pavor.
De um pulo me revelei de antes escondido e libertei toda a fúria do despertar.
Cambaleei ainda zonzo por me levantar tão depressa e de todo o susto que me afligia.
Pesadelo descabido!
Ainda bem, havia terminado.